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Pequenos Vícios, Grandes Cativeiros

🥃 Dose Plena - Carta #028 | Filosofia Estoica

🌑 O vício que ninguém chama de vício

Sabe aquele momento em que uma pessoa diz “eu paro quando eu quiser”?

Pois é.
A frase favorita de todo viciado é exatamente essa.

Só que quem realmente pode parar, não fala isso.
Simplesmente para.

A gente acha que é só um cafezinho.
Ou só um scroll inocente pra “dar uma relaxada”.
Ou só um “deixa eu ver se alguém respondeu” (ninguém respondeu).

Mas quando percebemos, o gesto virou trilho — e nós, o trem.

E antes que você pense “ai, credo, moralismo”, calma:

Isso aqui não é campanha para abolir prazer.
É alerta sobre como a gente perde a liberdade sem nem perceber — achando que está tudo sob controle.
É só para não entregar o volante da própria mente para um “hábito inofensivo”.

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🗝️ Sêneca avisou lá atrás

Tem uma coisa que Sêneca disse nas suas Cartas Morais que cutuca até hoje:

"Devemos abandonar muitas coisas de que somos dependentes por considerá-las boas. Do contrário, desaparecerá a coragem que deveria ser continuamente colocada à prova. Será perdida a grandeza da alma, que não pode se manter firme a menos que desdenhe como insignificante o que a multidão considera mais desejável."

Traduzindo pra hoje:

Se você não consegue dizer não, então quem está no comando não é você.

Simples.
Direto.
E um pouco humilhante.

Quando não conseguimos dizer não para algo, não somos livres. Somos reféns.

E o pior: pouca gente se liga disso. Porque chamou aquilo de "hábito inofensivo", de "preferência pessoal", de "meu jeitinho".
Qualquer coisa, menos do que realmente é: um vício.

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